sábado, 31 de outubro de 2009

CRÔNICAS DE UM ENTRE A SANIDADE E INSANIDADE.

É de 50 é de 50 é de 50 que nós queremos...

É de 50 é de 50 é de 50 que nós queremos...

Chega, chega, chega...


Aproximei-me e percebi que não era uma confusão ou luta de rua em plena metade do dia.

Era uma senhora aparentemente na casa dos 50 anos ou poucos menos ou pouco mais. Senhor quando comparo a expectativa de vida nos países do tal mundo desenvolvido ou em via como dizem, porém anciã por estas paragens, visto em si a expectativa de vida. Não necessito citar basta que localizem minha fala e de onde falo e vão até a internet e saberão.


A senhora expressava o seu descontentamento e o abuso praticado de forma violenta pelos chamados candongueiros e ou os transportadores de pessoas visto que não respeitam ninguém nem a eles mesmos. Transportam suas cousas dentro de suas caixas rolantes com som ligado não saberia dizer em que potencia e ou decibéis. Os responsáveis pela fiscalidade e regulação dos transportes e práticas econômicas fazem e fingem não saber do real preço e ou dos mecanismos usados, pelos transportadores de cousas. Eles cobram 100 Kz e ou encurtam e ou repartem, em quantas vezes for preciso para chegar ou concluir as então rotas e ou pontos já estabelecidos. É como gafanhotos, possuem mecanismos de comunicação e escape aparentemente um caos, porém bem estruturado, eficaz e eficiente.


É exatamente o vigésimo e oitavo dia do mês dez do ano de dois mil e nove d.C., como substituto de um funcionário em uma empresa familiar, tentei seguir a rotina e chegar antes das oito horas, visto que sou o portador das chaves e que sem elas não a dia de trabalho. Passei em uma pastelaria a mesma que tomo meu café preto e puro, mais uma vez aqueles olhares pelo café puro e preto e por eu mesmo, e como algo. Café este de cada dia possui um saber diferente sendo sempre do mesmo fabricante, não sei se é do tempo ou se cheguei ao ponto entre a sanidade e insanidade. O café me parece e sabe para mim a cada dia mais amargo e com um gosto de café queimado, no outro dia tomei e no final tinha bastante resto de café e hoje o final da xícara parecia mais amargo.


Lá foi eu na minha insanidade de sanidade de ser transportado por um transporta-dor de cousas, visto que aparentemente sou outra cousa diferente das cousas que habitualmente carregam. Cabeludo e barbudo com roupas estranhas pra quem me conhece sabe como sou.


Sol e cerca de 31 graus faziam logo pelas 7 horas da manhã, parecia que até o tal responsável pelo mal na terra segundo a ideologia judaica cristã o diabo havia aberto justamente nesse dia a porta de sua casa. Deixando escapar o vapor e a temperatura dos mármores e ou magma do inferno.


Como anunciado pelo chinelo branco à morte do verde é condição. Depois de esperar decisão entre a sanidade e insanidade, esperar um transporta-dor que me deixava mais perto do meu destino ou pegar a 1° perna curta e ficar cerca de 15 minutos caminhado do ponto que me encontrava. Decidi me transportar até a 2°perna do percurso assim que apareceu um transporta-dor. Resultado 100 Kz. Posto no ponto de chegada outra duvida entre a sanidade e a insanidade, meu ponto ficava mais 4 pernas. Resolvi economizar cifrões e tempo, caminhei até a próxima perna levei cerca de 15 minutos, o que resultou em uma camisa suada e economia de 50 Kz. Cerca de 20 minutos após varias tentativas de entrar em um transporta-dor de cousas, eis que chega um vazio não ouve a habitual disputa e empurra e empurra, visto que segundos antes alguns já haviam se empurrado entre três transporta-dores de cousas, um lugar ao sol do transporta-dor.


Finalmente cheguei a minha última perna antes do meu destino final, a confusão e caos aparente de sempre e os agentes aqueles que deveriam organizar o transito e o trafego mais uma vez criavam a sua maneira de ver e organizar. A proibição e a disputa com os transporta-dores de cousas. Creio que foi a primeira vez que senti na carne e pele o que e o porque a insanidade, parece ser a norma por aqui. Total dos gastos 250 Kz o que equivale a cerca de 4 U$, sendo que a média salarial é em torno de 300 U$. Não sei se eu que sou insano e ou eles que são insanos, no caminho o trafego parado e quase parado, os zumbis em seus carros de luxo, uns caindo aos pedaços, etc...


Insano por talvez quiser algo e modo de vida e transporte digno e em condições que me faça chegar no horário, não sei até onde suporto visto que é, e a cada dia pelo que percebi é necessário, levantar e sair mais cedo de casa. Fica a pergunta abraçar a insanidade e entrar em um quatro rodas familiar 4x4 bebe-dor de combustível, é um da terra do tio sam, com ar condicionado e dentro me deslocar ao meu local de trabalho? Ou tentar e persistir na tentativa de continuar a usar ele apenas quando realmente necessário? Ou entrar na insanidade e passar a perder cerca de 3 horas entre o meu casulo e o local do ganho pão familiar. Aqui a sanidade é em si insanidade e a insanidade é em si a sanidade, o estado zumbi chega devagar percebido, porém ignorado. A questão é do que adianta um carro de 150 mil U$ e um transito insano? O que fazer? Adianta as lhas urbanas os tais condomínios? E o que falta para um sistema de transporte público?


Deixo-me tornar insano ou luto contra a insanidade, ou abandono a zumbilândia? Só sei que aqui deve imperar um vírus que é inoculado ao se entrar. A minha mente trava e não consegue produzir apenas de ver e refletir sobre escrever é quase que biologicamente impossível. Só sei que não sei o porquê de tal comportamento psíquico.



Zumbilândia, aos 28 de Outubro de 2009.



Por: Nkuwu-a-Ntynu Mbuta Zawua.

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