segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CRÔNICAS DE ZOMBIES DE APARÊNCIA ZUMBI



Vários formatos, ventos, soltos, de aparência não relaxada, relaxados, compridos de formatos aparentemente vários, porém engodo cognitivo visual. Essa é cabeça das Zumbis!!! Não sei o que paira por essas paragens, já me perguntei o que se passa se é a falta de auto-valor estético ou se é a busca do tal ISO, a certificação estética branqueada, visto que são Zumbis de tez escura. Pergunto-me quem engana quem e ou quem deseja estar no céu como disse um deles que me parece ter escapado da condição Zumbie. Não é Thriller daquele branco no preto, que assim como esses Zumbis projetou seu rosto e todo o resto de seu novo eu que descanse em paz. Esses daqui por algum motivo ou por um falso Eu e ou ainda um falso orgulho de sua condição projetam em sua Zumbis aquilo ou ainda o tipo estético que realmente sonham e desejam. Fanon explica. Elas pelo incrível que pareça. Não sei se por falta de espelho ou pela incapacidade de se re-vêm refletidas em um espelho como se fossem vampiras. Buscam o tão sonhado pódio, pódio esse que as faz serem o nada e desse modo perderam a condição de ser, representado pelo que se convencionou chamar de cabelo brasileiro. Bom pelo que conheço e sei tal cabelo geralmente nem brasileiro é visto que tem outras origens, logo nem brasileira capilarmente podem ser, e a saída é a perda de horas sentadas em frente uma tela pró-porcionadora daquilo que alguém chamou de “a sociedade do espetáculo”. Este já fenômeno de mais tempo. Percebi uma espécie de mutação nos genes desses Zumbis, eles e elas agora quem parecer com elas mesmas, porém sem desejar serem apenas elas. O sonho estético de seus outros diaspóricos. Ai entra a encruzilhada os seus diaspóricos desejam ser não diaspóricos, porém os não diaspóricos desejam aparentar a diasporidade. Cabelos nada disso plásticos que imitam seus cabelos naturais, que imitam os conhecidos dreads, e ou o crespo cabelo também conhecido por essas bandas como carrapinha e dura. Pergunto-me porque colocar em risco a saúde e a condição física primeira a própria vida em risco para aparentar ser nem que por um instante a custa de às vezes de mais de 700 notas tio Sam. Para simplesmente aparentar ou viveram o sonho da sensualidade e da sexualidade branca feminina. E para parecerem terem um cabelo carrapinha dura, que as leva a este estado Zumbi do não reflexo. O que as levas são exibirem as suas carrapinhas duras? Será a incapacidade do não reflexo ou apenas como Fanon dissertou? Será que seus Zumbis as levam a este comportamento por desejarem a condição alva dentro de sua condição rácica? Mas que, porém o tal suposto orgulho não Zumbi os faz relutar a esse desejo por uma pele alva e cabelo de ursinho de pelúcia?


Bom, essa é a condição capilo-estético desses Zumbis, como é sexta-feira treze e as Zumbis iram sair de suas campas e exibir sua condição já anunciada basta ver o vídeo do Thriller do branco no preto... O que é certo é que elas não querem ser elas mesmo, mas parecer e aparentar o que não se é!!!



Zumbilândia, aos 13 de Novembro de 2009.



Por: Nkuwu-a-Ntynu Mbuta Zawua.

sábado, 31 de outubro de 2009

CRÔNICAS DE UM ENTRE A SANIDADE E INSANIDADE.

É de 50 é de 50 é de 50 que nós queremos...

É de 50 é de 50 é de 50 que nós queremos...

Chega, chega, chega...


Aproximei-me e percebi que não era uma confusão ou luta de rua em plena metade do dia.

Era uma senhora aparentemente na casa dos 50 anos ou poucos menos ou pouco mais. Senhor quando comparo a expectativa de vida nos países do tal mundo desenvolvido ou em via como dizem, porém anciã por estas paragens, visto em si a expectativa de vida. Não necessito citar basta que localizem minha fala e de onde falo e vão até a internet e saberão.


A senhora expressava o seu descontentamento e o abuso praticado de forma violenta pelos chamados candongueiros e ou os transportadores de pessoas visto que não respeitam ninguém nem a eles mesmos. Transportam suas cousas dentro de suas caixas rolantes com som ligado não saberia dizer em que potencia e ou decibéis. Os responsáveis pela fiscalidade e regulação dos transportes e práticas econômicas fazem e fingem não saber do real preço e ou dos mecanismos usados, pelos transportadores de cousas. Eles cobram 100 Kz e ou encurtam e ou repartem, em quantas vezes for preciso para chegar ou concluir as então rotas e ou pontos já estabelecidos. É como gafanhotos, possuem mecanismos de comunicação e escape aparentemente um caos, porém bem estruturado, eficaz e eficiente.


É exatamente o vigésimo e oitavo dia do mês dez do ano de dois mil e nove d.C., como substituto de um funcionário em uma empresa familiar, tentei seguir a rotina e chegar antes das oito horas, visto que sou o portador das chaves e que sem elas não a dia de trabalho. Passei em uma pastelaria a mesma que tomo meu café preto e puro, mais uma vez aqueles olhares pelo café puro e preto e por eu mesmo, e como algo. Café este de cada dia possui um saber diferente sendo sempre do mesmo fabricante, não sei se é do tempo ou se cheguei ao ponto entre a sanidade e insanidade. O café me parece e sabe para mim a cada dia mais amargo e com um gosto de café queimado, no outro dia tomei e no final tinha bastante resto de café e hoje o final da xícara parecia mais amargo.


Lá foi eu na minha insanidade de sanidade de ser transportado por um transporta-dor de cousas, visto que aparentemente sou outra cousa diferente das cousas que habitualmente carregam. Cabeludo e barbudo com roupas estranhas pra quem me conhece sabe como sou.


Sol e cerca de 31 graus faziam logo pelas 7 horas da manhã, parecia que até o tal responsável pelo mal na terra segundo a ideologia judaica cristã o diabo havia aberto justamente nesse dia a porta de sua casa. Deixando escapar o vapor e a temperatura dos mármores e ou magma do inferno.


Como anunciado pelo chinelo branco à morte do verde é condição. Depois de esperar decisão entre a sanidade e insanidade, esperar um transporta-dor que me deixava mais perto do meu destino ou pegar a 1° perna curta e ficar cerca de 15 minutos caminhado do ponto que me encontrava. Decidi me transportar até a 2°perna do percurso assim que apareceu um transporta-dor. Resultado 100 Kz. Posto no ponto de chegada outra duvida entre a sanidade e a insanidade, meu ponto ficava mais 4 pernas. Resolvi economizar cifrões e tempo, caminhei até a próxima perna levei cerca de 15 minutos, o que resultou em uma camisa suada e economia de 50 Kz. Cerca de 20 minutos após varias tentativas de entrar em um transporta-dor de cousas, eis que chega um vazio não ouve a habitual disputa e empurra e empurra, visto que segundos antes alguns já haviam se empurrado entre três transporta-dores de cousas, um lugar ao sol do transporta-dor.


Finalmente cheguei a minha última perna antes do meu destino final, a confusão e caos aparente de sempre e os agentes aqueles que deveriam organizar o transito e o trafego mais uma vez criavam a sua maneira de ver e organizar. A proibição e a disputa com os transporta-dores de cousas. Creio que foi a primeira vez que senti na carne e pele o que e o porque a insanidade, parece ser a norma por aqui. Total dos gastos 250 Kz o que equivale a cerca de 4 U$, sendo que a média salarial é em torno de 300 U$. Não sei se eu que sou insano e ou eles que são insanos, no caminho o trafego parado e quase parado, os zumbis em seus carros de luxo, uns caindo aos pedaços, etc...


Insano por talvez quiser algo e modo de vida e transporte digno e em condições que me faça chegar no horário, não sei até onde suporto visto que é, e a cada dia pelo que percebi é necessário, levantar e sair mais cedo de casa. Fica a pergunta abraçar a insanidade e entrar em um quatro rodas familiar 4x4 bebe-dor de combustível, é um da terra do tio sam, com ar condicionado e dentro me deslocar ao meu local de trabalho? Ou tentar e persistir na tentativa de continuar a usar ele apenas quando realmente necessário? Ou entrar na insanidade e passar a perder cerca de 3 horas entre o meu casulo e o local do ganho pão familiar. Aqui a sanidade é em si insanidade e a insanidade é em si a sanidade, o estado zumbi chega devagar percebido, porém ignorado. A questão é do que adianta um carro de 150 mil U$ e um transito insano? O que fazer? Adianta as lhas urbanas os tais condomínios? E o que falta para um sistema de transporte público?


Deixo-me tornar insano ou luto contra a insanidade, ou abandono a zumbilândia? Só sei que aqui deve imperar um vírus que é inoculado ao se entrar. A minha mente trava e não consegue produzir apenas de ver e refletir sobre escrever é quase que biologicamente impossível. Só sei que não sei o porquê de tal comportamento psíquico.



Zumbilândia, aos 28 de Outubro de 2009.



Por: Nkuwu-a-Ntynu Mbuta Zawua.

sábado, 26 de setembro de 2009

CRÔNICAS DE UM CHINELO BRANCO

O vi pela primeira vez, entre vários outros de várias cores, o amei foi amor a primeira vista daquele tipo que os olhares se cruzam e não se desgrudam mais.

Nunca o vi como o vejo hoje, deixou de ser branco, sempre o cuidei com todo o carinho como cuido dos outros não brancos.

Chinelos são para mim sinônimos de liberdade, leveza, paz, e elegância o meu chinelo branco reclama, experiência à condição da morte.

O meu chinelo branco é o primeiro a me dizer e mostrar, que na terra da maninha de grandeza a morte do verde é condição sine qua non para a maninha de grandeza.

O meu chinelo branco está morrendo, simplesmente, por que o lavo de forma exagerada. Não porque tenho maninha de limpeza, ele reclama pela morte, morte do verde.

Mostra-me que em certo tempo havia uma vida, uma vida em tons de verde.

O meu chinelo branco na terra da maninha de grandeza reclama pela morte do verde. Morte de representa em si a morte societal, morte dos nacionais que deixaram de ser solidário.

Nacionais da maninha de grandeza que, porém pobres e mortos sociáveis, o meu chinelo branco mostra que o verde morreu e o vermelho fruto da morte do verde impera impune.

O meu chinelo branco mostra que apesar da morte do verde, a maninha de grandeza prossegue. Construções megalomaníacas é a norma. Na terra da maninha de grandeza ter as maiores coisas construções de África é a maior expressão.

Na terra da maninha de grandeza, ter a melhor educação, a maior sociedade africana menos corrupta e solidaria, é para os outros afinal são diferentes dos demais africanos. Não são tribalistas e desprovidos de conflitos de caráter étnico-racial.

O meu chinelo branco reclama por não poder voltar pra casa e dormir sem ser lavado. Hum, isso se os responsáveis pelo verde e vida na terra da maninha de grandeza de antemão não tirarem a luz e água.

O meu chinelo branco morre como morre o verde. O meu chinelo branco transpassa a linha da cor. O meu chinelo branco é hoje não sei de que cor exatamente.

Porém a morte é certa e sei que terá a cor da morte na terra da maninha de grandeza. O vermelho da terra morta e infértil.

O meu chinelo branco me mostrou a morte, porém ele reluta em morrer e aceitar, no silêncio e bom grado os responsáveis pela verde e vida.

Luanda aos, 23 de Setembro de 2009.

Por Nkuwu-a-Ntynu Mbuta Zawua